Gestão Luiz Tadeu Teixeira
A segunda gestão da ABD Capixaba era composta por Luiz Tadeu Teixeira como presidente; Saskia Sá como vice-presidente; Polyana Cogo como secretária; Ursula Dart como tesoureira; Alexandre Serafini, Ana Cristina Murta e Lizandro Nunes como diretores; e Vanessa Frisso, Glecy Coutinho e Erly Vieira Jr. como membros do Conselho Fiscal.
A diretoria eleita investiu em parcerias com a Secretaria de Estado da Cultura através da assinatura de acordo para envio de filmes a festivais, realização de oficinas de documentário com Geraldo Sarno e Paulo Alcoforado, além de dar continuidade ao convênio de finalização de seis curtas-metragens. A gestão também participou das discussões sobre a reelaboração do estatuto da ABD Nacional e sobre construção do projeto DOC TV, junto com a Abepec, a TV Cultura e a TV Educativa do Espírito Santo. A parceria com o Vitória Cine Vídeo continuou, tendo sido entregue no festival de 2002 o troféu ABD Capixaba ao curta À Margem da Imagem, de Evaldo Mocarzel.O trabalho iniciado por Orlando Bomfim Netto teve na gestão de Luiz Tadeu Teixeira uma continuidade. Em sua saída em 2004, a ABD Capixaba já era uma instituição consolidada e respeitada no âmbito estadual.
Luiz Tadeu Teixeira comenta sua passagem pela presidência da ABD Capixaba. “Tenho duas coisas a destacar – a primeira é nossa ação visando à conclusão dos curtas em película que há muito dependiam de recursos para a finalização. Isso resultou no lançamento dos editais de finalização da Secult, que viabilizaram a conclusão de outros projetos para os quais a verba da Lei Rubem Braga não foi suficiente. Posteriormente, nas gestões seguintes, vieram outros editais para a área, ampliando o leque de opções para o fomento à produção audiovisual no Estado;
Destaco ainda a minha atuação como representante do Espírito Santo na Assembleia Nacional da ABD, em 2002, com objetivo de formar um bloco capaz de romper a hegemonia do eixo Rio-São Paulo na área. Conseguimos ter maior participação na formação da Diretoria Nacional e modificar a divisão por regiões do Brasil, que até então era meramente geográfica, adotando uma estruturação mais política. A intenção era influenciar também as decisões e distribuições de verbas do Ministério da Cultura, tornando-as mais equilibradas entre os estados e regiões e evitando que houvesse uma concentração desproporcional dos recursos no eixo Rio-São Paulo. Observando o que aconteceu nos anos seguintes, percebemos que essa ação política frutificou e influenciou uma das mais efetivas diretrizes das gestões que se seguiram no ministério, expressa na descentralização e democratização na distribuição dos recursos para a cultura. Houve um notável desenvolvimento na cinematografia de estados como Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Paraná, entre outros, sem prejuízo daqueles já tradicionalmente fortes, como Rio Grande do Sul e, claro, Rio de Janeiro e São Paulo”, conclui Teixeira.