ABD Capixaba faz retrospectiva do cinema no Espírito Santo em Mostra Paralela

 18 filmes representaram a história dos últimos 15 anos do nosso cinema durante a XV Mostra Produção Independente

Manter viva e pulsante a história do cinema produzido no Espírito Santo é uma das missões da ABD Capixaba. Em comemoração à 15ª edição da Mostra Produção Independente, a Associação preparou uma Mostra Paralela para resgatar produções exibidas ao longo desses anos na Mostra.

A Mostra Paralela contou com a curadoria dos pesquisadores Erly Vieira Jr. e Waldir Segundo e traz 18 filmes importantes para a produção audiovisual no estado. “Nós fizemos uma seleção com as principais correntes do audiovisual capixaba para apresentar outros olhares e mostrar a diversidade da nossa produção”, comenta Erly. A mostra vai contar com curtas de ficção, documentário, animação, videoclipe, videoarte e experimental.

A XV Mostra Produção Independente da ABD Capixaba ocorreu durante os dias 6 a 13 de dezembro, totalmente online e com exibição na TVE, e trouxe como tema Cinema Possível. O evento contou com programação intensa com exibição dos filmes selecionados em competição, mostra paralela, ABD Conversa, cursos, lançamento da Revista Milímetros no. 10 e muito mais.

Uma realização da ABD Capixaba, o evento teve o apoio da TV Educativa do Espírito Santo (TVE) e da Secretaria de estado da Cultura, Governo do Espírito Santo.

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Saiba mais sobre os filmes:

– No princípio era o verbo (2005, FIC,18’), de Virginia Jorge

Sinopse: “No Princípio Era o Verbo” é uma fábula composta de três estórias que se fundem num vai e vem lírico e bem humorado, procurando refletir sobre o conceito de verdade e nossa busca pelas explicações de fenômenos cotidianos.

– 2 e meio (2010, FIC,18’), de Alexandre Serafini

Sinopse: Hernani, um brasileiro, precisa recuperar seu carro de trabalho roubado.

– Eclipse Solar (2016,FIC,28’), de Rodrigo de Oliveira

Sinopse: Três trabalhadores se reúnem em torno da preparação de uma festa num museu. Aparentemente desconhecidos, os contatos entre os três revelarão implicações profundas no passado. No centro dos confrontos está uma criança. À espreita, o Diabo

– Confinópolis (2012,FIC,16’), de ’Raphael Araujo

Sinopse: Confinópolis é uma cidade, um país ou um lugar onde o totalitarismo reina e as pessoas são trancadas em seus próprios corpos que, no lugar de rostos, têm fechaduras sem chave. O clima de policiamento e violência dominam a narrativa. Contada em preto e branco, a história torna o absurdo do estado totalitário ainda mais contrastante, sem floreios ou discursos amistosos. Nesse cenário um sujeito sem nome começa a agir contra o patrulhamento imposto pelo totalitário Fechadura Hernandez, em suas buscas ele descobre que pode mudar a realidade do aprisionamento em Confinópolis, mas o caminho para isso é sombrio.

– Dos lados da Rua (2012,FIC,15’), de Diego Zon

Sinopse: Carrão é um garoto que, apesar de seu comportamento excêntrico, vive livremente o ritmo de vida de uma típica cidade de interior. Ao ser surpreendido por um acontecimento que ameaça destruir seu mundo particular, precisará encontrar um caminho que o liberte

– A cor do fogo e a cor da cinza (2014,DOC,24’), de André Félix

– Transvivo (2017,DOC,20’), de Tati W. Franklin

Sinopse: Transvivo é um documentário que conta as vivências de Izah e Murilo enquanto passam pelo seu processo de transição de gênero.

– Meninos (2009,DOC,16’), de Ursula Dart

Sinopse: Um dia na vida de um menino de 9 anoS

– Reikwaapa (2013,DOC,13’), de Ricardo Sá e Werá Djekupe

Sinopse: O confronto entre os ritos de passagem Guarani e a cultura fora da aldeia. Os ensinamentos sagrados dos idosos se chocam com os hábitos  trazidos de fora,  interferindo no modo de vida dos mais jovens, principalmente.

– Perto da minha casa (2013,DOC,16’), de Carolini Covre e Diego Locatelli

Sinopse: Em meio a uniformidade dos centros urbanos, encontramos pequenos pontos de resistência a esta forma.

– Onde está o grande tema? (2012,VIDEOCLIPE,5’), de Carol Covre

Sinopse: Videoclipe da banda Velho Scotch.

– CherryBlossom (2017,VIDEOCLIPE,4’), de Junior Batista

Sinopse: Videoclipe realizado para música “CherryBlossom” do grupo SOLVERIS presente no álbum Coligações Expressivas 4.

– Ai de Ti (2009,ANIMAÇÃO,6’), de João Moraes

Sinopse: Baseado na mais famosa crônica de Rubem Braga (“Ai de Ti, Copacabana”), é uma fábula irônica sobre Copacabana e seus pecados

– Uma (2011,VIDEOARTE,14’), de Alexandre Barcelos

Sinopse: Curta de 2011 com viés poético e imersivo que sugere a observação da realidade, seus ciclos e elementos fractais que a compõe, atravessando geometrias, ondulatórias, fluidos, gases, micro e macro. Dentre essas camadas, um diálogo.

– Janela temporária. À luz das sombras (2016,VIDEOARTE,8’), de Rubiane Maia

Sinopse: O vídeo ‘Janela Temporária – À Luz das Sombras’ foi realizado durante uma residência artística de três semanas no Centro de las Artes de San Agustín, Oaxaca, México. Período em que a artista desenvolveu uma pesquisa baseada na observação da luz (solar e artificial). Considerando a forte incidência de sombras por todo o espaço ao redor, e usando o corpo como eixo central, a artista desloca-se com uma grade de madeira e cordas – de 2.5 x 2.5 metros – criada especialmente para a ação. Entre movimentos de ascensão e declínio, corpo e enquadramento se fundem com o propósito de redesenhar a paisagem.

– Gravata (2015,VIDEOARTE,2’), de Fredone Fone

Sinopse: Rodovia Audifax Barcelos Neves, também conhecida como “Estradinha”, em Serra Dourada 2, Serra – Espírito Santo, Brasil. Antes uma estrada de terra, sem iluminação, a “Estradinha” passou por um processo de estruturação, asfaltamento e iluminação, e foi nomeada pelo então prefeito Audifax Barcelos, em homenagem ao pai. Desde muito tempo temida na região, por ser um local com alto índice de desova e de desmanche de veículos, a rodovia mantém a má fama e a má reputação constantemente noticiada por programas sensacionalistas.

– Beatitude (2015,VIDEOARTE,15’), de Dell Freire

Sinopse: Releitura do mito de Anastácia, a escrava divinizada pela cultura afro-brasileira. A jovem Anastácia, uma das mulheres responsáveis pela confecção de panelas de barro em Goiabeiras (ES), é vista pelo orixá Ajalá. Apaixonam-se. O amor dos dois vai causar a alegria em uns deuses e a ira em outros. Esse amor perfeito irá resultar numa comunhão divina entre homens e deuses, mostrando que todo homem e toda mulher é uma divindade através da realização de seu trabalho no dia-a-dia.

– Para todas as moças (2019,VIDEOARTE,3’), de Castiel Vitorino

Sinopse: eu agora vou falar para todas as moças. Eu agora vou bater, para todas as moças. Para todas as travestis, para todas elas. Eu agora vou fazer macumba para todas as bixas. Para todos os testículos femininos, para todas elas.